sexta-feira, 21 de setembro de 2012

LONDRES  (LONDON)


As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros.
~ Frase de Montesquieu




Vivi uma odisséia como a de Ulisses do grande Homero. Cruzei o Atlântico para conhecer uma parte do Velho Mundo, ou melhor, Primeiro mundo. Visitei quatro grandes cidades: Londres, Viena, Paris e Lisboa e 5 pequenas: Liverpool, Salzburgo, Giverny, Arcos de Valdevez e Coimbra.

Foi uma experiência marcada por riquezas e grandes encontros, entre eu e os grandes mestres nos museus e monumentos. Uma Odisséia marcada por alegria e lágrimas, como devem ser os grandes encontros...

Vou começar o enredo por Londres, por onde iniciei minha jornada - E que experiência marcante e bela. Londres é a incorporação da riqueza do primeiro  mundo, da ostentação dos monumentos, da ausência de pobreza e de aberrante beleza. Ela é de fato singular; uma jóia, obra-prima desenhada pela mão do homem . É impossível falar em crise num país como este. Crise é o que vivemos todos os dias aqui nas Américas pobres e abandonadas.

Mas a América tinha ficado para trás na odisséia que desenhei para mim, porque devemos desenhar lentamente nas folhas de nossas vidas os nossos desejos e imprimir nas coisas que vemos as nossas marcas pessoais- Londres foi tocada delicadamente por meus olhos surpresos , sempre em busca da beleza, da leveza e da graça.

E contemplei Londres  de uma forma sutil e suave- percorrendo suas ruas elegantes, de jardins cuidadosamente desenhados e floridos, seu estilo arquitetônico único e inigualável.

Londres reina absoluta, retrato do  capitalismo selvagem, elaborada e redesenhada através da pilhagem e escravização de quase todo o planeta e que ainda perdura no mundo hoje. 

Mas salvou-se diante de meu olhar atento e sempre crítico, pela beleza e radiância não somente de sua arquitetura, mas pela grandeza de seus pensadores e construtores.



Ao fundo: rio Tâmisa e London Eye





peculiaridades de Londres






 O Big Ben e  London Eye( roda - gigante)



Chegamos em Londres no início dos jogos olímpicos.



Uma visão de London Eye


O Big Ben e o complexo arquitetônico do Parlamento inglês



O Big Ben saltou deslumbrante diante dos meu olhos: monumental e imponente- o relógio mais famoso do mundo está instalado na torre clock
( Clock Tower) de 98 metros, faz parte do complexo  arquitetônico do Parlamento britânico, centro político em Londres. 

Seu  estilo arquitetônico é o neogótico (neogótico ou revivalismo gótico que é um estilo de arquitetura  originado em meados do século XVIII na Inglaterra que tinha por objetivo recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados).


Casas do parlamento britânico e torre do relógio (1836-1852), representantes do neogóticobritânico.

Segundo as fontes, é o maior Parlamento do mundo e está situado na margem norte do rio Tâmisa.

Este ano em homenagem ao jubileu de Diamante, a Clock Tower, a torre onde fica o Big Ben foi rebatizada com o nome de Elizabeth Tower.


Avenidas largas dão acesso a este monumento singular e único. De lá é possível ver a roda gigante( London Eye  )e outros monumentos da capital britânica.





entrando na roda: sempre em movimento.

London Eye - como é gostoso o passeio - uma delícia contemplar  de um lado a outra a beleza e a exuberância de Londres dentro desta cápsula gigante. Leva em torno de 30 minutos uma volta completa e é possível ver vários monumentos( o palácio de Buckingham, ST. Catedral de Paulo e as casas do Parlamento) além de várias pontes famosas.

A roda de observação se torna lenta o suficiente para que as pessoas embarquem enquanto está em movimento. Mas antes de entrar na roda há uma exposição de vídeo em 3D onde é possível ver vários monumentos de todos os ângulos e sentir de pertinho a beleza e as maravilhas do lugar. Foi minha primeira cessão de lágrimas em terras estrangeiras. Sou como uma criança que se derrete toda diante da beleza e do brinquedo.





A beleza de Londres me fascinou e cegou muitas vezes, porque o amor pelo belo cega e a paixão ultrapassa em muito a razão humana. Fui arrebatada por esta cidade deslumbrante e bela, mas a razão me falou em outras inúmeras vezes e relatarei isto ao longo desta aventura.