terça-feira, 16 de outubro de 2012

A NATIONAL GALLERY

A NATIONAL GALLERY (GALERIA NACIONAL) DE LONDRES





( imagem retirada da net) É  proibido fotografar dentro do museu







National Gallery ("Galeria Nacional", em inglês), fundada em 1824, é um dos mais importantes museus da Europa e um dos mais conhecidos do mundo. Localiza-se na Trafalgar Square, no centro de Londres, e abriga uma preciosa coleção de mais de 2.300 pinturas, que datam desde a metade do século XIII até o início do século XX. É um museu público e as visitas ao acervo permanente são gratuitas.

O acervo contém algumas das obras mais importantes, raras e emblemáticas da História da Arte, de artistas como Leonardo da VinciBotticelliCaravaggioRembrandtJan van EyckRubensVermeerThomas Gainsborough,TurnerRenoirMonetVan GoghToulouse-LautrecGauguinDegasManetBerthe Morisot e Picasso. Vale destacar também a monumentalidade do edifício e a conservação das peças.
Fui visitar o museu no dia da passagem da tocha olímpica pela Trafalgar Square, mas como não havia ido a Londres para esta finalidade fui conhecer e ver as obras do museu. Ao entrar na Galeria  o visitante recebe um folder com explicações e localização das obras, além de  fone de ouvido em várias línguas. Felizmente, neste museu havia tradutor em português e pude contemplar não só as obras como ouvir análises das mesmas.

Um museu desta magnitude e tamanho  demanda muitas horas de visita e como estava em companhia de outras pessoas  e havia muitos lugares para visitar selecionei algumas obras para apreciar mais demoradamente e algumas  para comentar.

A Virgem das Rochas Leonardo da Vinci




a primeira versâo està no Louvre, em Paris, e a segunda na National Gallery de Londres



A Virgem das Rochas ou Rochedos é o título utilizado para designar um conjunto de duas pinturas de composição quase idênticas que foram pintadas por Leonardo da Vinci.

Foi um grande encontro entre eu e Da Vinci frente A VIRGEM DAS ROCHAS. Tão impactante que me arrancou lágrimas. Mais que um encontro foi uma integração espiritual e temporal.Todo o quadro em perfeita harmonia matemática/divina e eu em plena desordem emocional diante desta obra- prima. Foi demais...



Leonardo escreveu sobre sua visão de uma caverna e parece que esses escritos são contemporâneos à elaboração do quadro "A Virgem dos Rochedos". Diz Leonardo nos Cadernos:

"Levado por um desejo ardente, ansioso por ver a abundância das formas variadas e estranhas que artificiosa natureza cria, tendo caminhado numa certa distância entre rochas que pendiam, cheguei à entrada de uma grande caverna e ali me detive por um momento, estupefato, porque não me passara pela mente a sua existência; com as costas arqueadas, com a mão esquerda segurando o joelho, inclinei-me longamente, para um lado, para outro, a fim de ver se podia discernir algo no interior a despeito da intensidade das trevas que ali reinavam: depois de ter permanecido assim por um momento, duas emoções despertaram de súbito em mim: medo e desejo; medo da caverna sombria e ameaçadora, e desejo de ver se ela continha alguma maravilha."



E desta ambiguidade de Leonardo nasce esta luz, este quadro profundamente espiritual: A Virgem das Rochas é mais que pintura em tela, ela irradia energia divina, transborda em delicadeza, leveza e mistério. Fui energizada por esta luz, este espírito, esta genialidade. Sai deste museu iluminada.



Mas outros encontros foram também marcantes e profundamente importantes, segredos que guardarei como tesouros para sempre dentro de mim.





Os girassóis e Campo de trigo com ciprestes de Vincent Van Gogh                       




Os girassóis(vaso com 15 girassóis) bailam diante de mim, presentes de Van Gogh a Gauguin, sete obras do mesmo tema foram feitos pelo artista para enfeitar a casa  e receber o amigo em sua residência em Arles. Lindo!


E mais adiante, "campo de trigo com ciprestes", pintada no asilo em St Rémi, onde esteve internado. Alegria e dor são revisitados nestas obras de Van Gogh, marcadas pela paixão, irreverência e loucura. Meu pintor, um dos prediletos, vai se mostrando nos próprios quadros- todos eles autorretratos de uma vida marcada por paixão e muito sofrimento.










Ao sair do museu a chama olímpica passava pela Trafalgar Square, mas não consegui vê-la, pela quantidade de pessoas presentes no local, mas por dentro uma chama muito grande já ardia em mim:  êxtase diante da genialidade, da beleza e do divino.




Galeria de fotos 

Trafalgar Square
Na porta da Galeria (National Gallery)
Movimentação de pessoas na passagem da Tocha olímpica.
Algumas obras-primas do Museu 

Botticelli

Velázquez

Cezanne

Van Eyck

Rembrandt


Turner

Renoir


Monet


Seurat