sexta-feira, 28 de junho de 2013

BELVEDERE: O amor é jardim de flores e belezas vegetais...

O beijo-Gustav Klimt
Antes castelo dos Habsburgos, hoje uma galeria onde estão expostas obras várias e dentre elas obras de Gustav Klint.

Fui a este museu para admirar principalmente a obra deste gênio austríaco. Percorri enormes salões luxuosos  apreciando parte de sua trajetória como artista. O museu  preserva várias de suas fases até a maturação ou genialidade. E encontrei três grandes quadros de Klint que achei interessante debruçar e comentar, são eles: o Beijo, Judith I e Judith II ou Salomé.

Todos estes quadros estavam reunidos numa única sala previamente escurecida para refletir os dourados dos quadros, técnica utilizada por Klimt com pó de ouro. Realmente impactante a visão do ouro refletido:  tira o fôlego , prende a visão. É impossível não se apaixonar perdidamente.

Parei diante do beijo, completamente extasiada. Um quadro bem grande, robusto em beleza plástica e pleno em harmonia. Ele a beija de uma forma possessiva e apaixonada, estão envolvidos em um manto que mais parece um jardim. Porque o amor é jardim de flores e belezas vegetais. O amor saltou da tela para dentro de mim- fiz o beijo com Waldir infinita vezes e mais uma vez fui inspirada. Em terras de Klimt o beijo do amor é possível de ser reproduzido milhões de vezes por amantes apaixonados como eu e meu esposo querido.











Salomé e Judith, dois  personagens míticos despontam como estilo de beleza e sensualidade, retratados de forma lasciva e cruel, anjos e demônios ao mesmo tempo. Se apresentam de forma bastante erótica- seios expostos, ícones da mulher fatal, mulheres capazes de submeter qualquer homem aos seus desejos.

Adéle surge de pé, repleta de ouro, vestindo uma roupa transparente e os seios nus, as mãos ocupadas, segurando a cabeça de um homem barbado. Seu olhar revela uma sensação sádica de prazer. Seus cabelos negros contrastam com o dourado. Uma feminilidade agressiva, marcada por profunda sensualidade erótica vai se desvelando diante de meus olhos.  Para Klint, o erotismo e a morte conviviam lado a lado. 

Saí do museu e fui aos jardins e lá estavam variadas figuras míticas esparramadas  a coroar o enredo de sedução. O sol brilhava intensamente, cores e perfumes variados. Um emaranhado de cores douradas misturaram aos verdes claros escuros de variados arbustos, nunca vistos pela viajante, assim perfilados em tamanha ordem. A confusão artística vivificada nos dourados de Klimt me inspiraram para variados beijos e tentativas de reprodução do quadro.Era como se tivesse embriagada/tonta de amor.

Viena é um sonho dourado, Klimt percebeu e expressou perfeitamente em suas obras.

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