A vida é para ser saboreada e experimentei Liverpool como quem come um doce....Fui de trem, os europeus utilizam todos os meios de transporte possíveis, preservam sua história diferentemente do Brasil. Por aqui estamos muito limitados em termos de meios de transporte e de preservação da cultura. A destruição é permanente e consentida. Os políticos estão voltados para atender aos interesses do capital e isto desde a colonização.
Mas os ingleses preservam, cultuam e tiram proveito de sua história- Liverpool é um exemplo disso: a cidade dos Beatles respira até hoje à sombra destes artistas: John, Paul, George e Ringo, a banda de rock mais conhecida do mundo.
Fomos de trem, na 1ª classe e tomamos um delicioso café da manhã com requintes de restaurante fino. Saímos bem cedo de Londres e chegamos em Liverpool por volta das 9:30. A temperatura bem mais fria que Londres nos surpreendeu, com direito a chuviscos, chuva e ventos. Mas nada alarmante.
A primeira visita foi à Catedral Anglicana de Liverpool que é a maior da Grã Bretanha e a quinta mais comprida do mundo, de arquitetura neogótica. Portas imensas me recebem e a beleza do interior se revela no claro/escuro. Fiquei andando pelo local admirando a beleza e temi me perder entre seus corredores iluminados. Rezei em todas as igrejas que visitei e acendi uma vela pelos que amo e para Deus.
Outra surpresa foi o encontro com o Chinatown, um lindo arco localizado na entrada do bairro chinês. Cheio de detalhes, carregado de tons vermelhos e rico em variadas nuances- delicado como um bordado. Difícil descrever uma beleza assim tão detalhada. Foi bacana encontrar um pouco da China em terras inglesas.
O Museu dos Beatles ( A Beatles Story) fica em frente ao rio Mersey, junto às docas. É bem grande e tem aspecto de caverna. Lá tivemos acesso a um áudio com explicações da trajetória musical dos Beatles. Confesso que tive uma experiência musical e também lacrimal. Senti fome dentro do museu e saí lá de dentro para comer alguma coisa. Não falo inglês, mas para uma viajante como eu tudo é possível com dinheiro, até comer sem entender a língua dos homens.
Foi minha primeira escapada sem o auxílio da intérprete(a Thaty). Arrastei comigo o meu esposo, que ficou emburrado com receios inconfessos. Mas eu estava a salvo, perfeitamente alimentada. IE, IE, IE...
Visitamos também o local onde os Beatles costumavam se apresentar até serem descobertos pelo mundo (Cavern Club). Havia couvers se apresentando e dancei para meu esposo, recordando meus tempos de juventude.
Voltamos à tardinha, na 2ª classe e a experiência não foi das melhores. Não serviram café, nem bolachas, nem chá para espantar o frio e o sono. Vivi mais uma experiência no primeiro mundo: as diferenças de classe permanecem intactas no mundo capitalista, mesmo na riquíssima Grã Bretanha.
GALERIA DE FOTOS
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Viajando para Liverpool |
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o café da manhã |
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Chegando em Liverpool |
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detalhes que fazem a diferença- Adorei |
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O Chinatown- um pouco da China na Grã-Bretanha |
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City tour |
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No Museu (A Beatles Story) |
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detalhas do Museu |
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